Dra. Christiane Gonzaga
Blog – O Bem-Estar Sempre

Melasma e vitamina D: saiba como evitar a exposição solar e não ter deficiência da substância 

May 16, 2022 | Manchas e melasma

Tempo de leitura: 2 minutos

O Sol não é um vilão. Ele é essencial para a nossa vida. Não só pela energia que traz um belo dia na praia ou na piscina, mas também por conta da produção de vitamina D, fundamental para o nosso organismo, ajudando a modular a resposta inflamatória, antioxidante e imunológica do nosso corpo. Mas aí, nós, dermatologistas, falamos sempre, especialmente para quem tem melasma: “não tome sol para não piorar as manchas!” Mas, acredite, a vitamina D é uma substância importante para controlar o melasma, que é uma doença inflamatória. Ela também ajuda no tratamento de outras doenças de pele, como psoríase, dermatite atópica… E então? O que fazer? Tomar ou não tomar sol, eis a questão! 

A produção de vitamina D vai depender diretamente da exposição à radiação UVB, presente entre 10h e 16h. Mas essa exposição não pode ser em excesso. É preciso um equilíbrio. A recomendação para que a vitamina D seja produzida na pele é que a exposição solar seja de 20 a 30 minutos, de 3 a 7 vezes por semana, dependendo das condições do clima. No verão, pode ser menos tempo. Também depende da pele, se mais jovem ou mais madura… E basta a exposição de 15% da área corporal. Se você pensar bem, no dia a dia, não aplicamos o filtro solar nos braços para caminhar na rua, o que já ajuda na produção de vitamina D. 

Aliás, este é um ponto importante: não há consenso se o protetor solar impede ou não a absorção da radiação a ponto de prejudicar a produção da vitamina D. De qualquer forma, o protetor é essencial, não só para quem tem melasma como para evitar o câncer de pele. 

Então, o que eu faço:

Costumo medir a vitamina D no sangue dos pacientes e fazer a reposição caso o nível não esteja adequado. Uma alimentação rica em salmão, sardinha, óleo de fígado de bacalhau e gema de ovo ajuda, mas, em geral, não dá conta. Então, prescrevo ainda uma reposição com cápsulas lipofílicas, gotas ou até injetável. 2000ui de vitamina D, três vezes por dia é a dose geralmente recomendada, mas pessoas que estão com níveis muito baixos devem suplementar mais, sempre com prescrição médica. 

Lembrando que é necessária uma reavaliação de tempos em tempos. Você não vai tomar a mesma quantidade para sempre. No verão, é provável que você precise de menos reposição, já no inverno e outono pode ser mais… O importante é evitar o sol em excesso e controlar os níveis de vitamina D no sangue. Assim, a pele fica linda e a saúde em dia!

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