No tratamento do melasma, um grande aliado é o protetor solar oral. Todo cuidado é pouco para evitar o escurecimento da mancha. Assim, além do protetor solar em creme, é muito importante também a complementação via oral para evitar o temido efeito rebote. Eu nem gosto de usar esse termo “protetor solar oral” pois gera dúvidas nas pessoas.
A primeira é: “Tomando o fotoprotetor oral, eu não preciso passar o filtro no rosto? E a resposta é direta: claro que precisa! Essa proteção não substitui o filtro solar, apenas potencializa seus efeitos.
Os protetores orais não são exatamente filtros comestíveis. Na verdade, são substâncias antioxidantes que ajudam na
limpeza de radicais livres produzidos a todo momento pelo organismo como subprodutos de reações celulares. Até na respiração produzimos radicais livres. Muitas vezes nosso organismo não dá conta de eliminar. No caso da nossa pele, quando isso acontece, a mancha piora, escurece mais.
A maior causa de formação de radicais livres na pele é a radiação solar, a radiação UV e a luz visível, que está em toda parte, até mesmo dentro de casa. Sem falar na luz visível que é emitida pelos aparelhos celulares computador, televisão…
A todo momento estamos expostos a fatores que agravam o melasma. É por isso que fazer uma proteção oral, uma proteção de dentro para fora é muito importante para o melasma não ter uma reincidência, um efeito rebote.
Quando usar o protetor solar oral?
Para o melasma não piorar no verão é recomendável começar a usar fotoprotetor oral meses antes. É importante lembrar que eles devem ser consumidos com frequência para apresentar resultados. Com a ingestão contínua, eles evitam o bronzeamento da pele, mas, é claro, não dá para abusar e ir à praia para tostar.
Principais filtros solares via oral
Os fotoprotetores orais podem ser comprados na farmácia ou manipulados. Por serem feitos à base de vegetais, não são considerados medicamentos e, portanto, praticamente não têm contraindicações. A maioria contém um ou mais ativos do tipo:
- Betacaroteno: antioxidante que previne o envelhecimento da pele e ajuda a deixar a cor mais bronzeada e uniforme.
- Polypodium leucotomos: tem propriedades antiinflamatórias e protege a pele de queimaduras.
- Pycnogenol: substância antioxidante e com propriedades antiinflamatórias, que, inclusive, atua na proteção do coração.
- Oli-ola: substância do fruto da oliveira. Também pode ser útil no tratamento do melasma porque elas atuam no clareamento cutâneo e na redução de manchas.
- Luteína: auxilia o controle de manchas provocadas pelo sol, como o melasma.
- Tocoferol: vitamina antioxidante que protege a pele do envelhecimento precoce.
- Vitaminas E e C: quando combinadas, apresentam resultados satisfatórios na proteção da pele.
Mesmo não tendo contraindicação, os protetores orais não devem ser usados sem a recomendação de um dermatologista, principalmente por pessoas que têm doenças de pele como vitiligo. Além disso, a dosagem de pycnogenol, por exemplo, ideal para tratar o melasma deve ser prescrita por um profissional.